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Aniversário de cem anos com espírito de luta

Por:Renildo

Nessa sexta-feira (13), ocorreu a Festa do Jubileu Centenário para os fiéis da Arquidiocese de Fortaleza. Uma programação especial relembrou os cem anos de história do território eclesiástico, no Condomínio Espiritual Uirapuru (CEU).

Em um século, o amparo da igreja chegou ao povo cearense na defesa dos direitos humanos, no apoio em situações de vulnerabilidade e nas lutas por uma realidade mais justa.

O primeiro dos seis arcebispos, dom Manoel Gomes da Silva, ficou conhecido como “Bispo da Seca”. O motivo foram as viagens ao sul do Estado para pedir ajuda aos retirantes da estiagem de 1915, ano de elevação da arquidiocese. E se foi mudando o perfil do sertanejo, permaneceu o apoio dos governos episcopais, enfatiza Miguel Brandão, secretário de Pastoral da Arquidiocese.

As ações foram diversas: defender construção de açudes em locais favoráveis aos mais pobres, discutir a situação dos agricultores ou incentivar a chegada das cisternas.

De curta duração, a Fundação João XXIII surgiu no arcebispado do dom Delgado (1963-1973) usando terras da igreja e das doações em uma iniciativa de reforma agrária.

Com movimentos da ação católica para jovens e Comunidades Eclesiais de Bases (CEBs) iniciados, dom Aloísio Lorscheider veio como sucessor na ditadura militar. O gaúcho impulsionou as pastorais sociais e priorizou periferias, povoados e nações indígenas. O tema da festa, “Boa Nova em novos tempos”, apontou o permanente desafio da condução da Igreja da Sé. “O Evangelho leva a comunhão em um mundo fragmentado. São guerras, divisões e partidarismos. E a igreja segue defendendo a vida como valor de todos”, declara dom José Antônio Aparecido, arcebispo de Fortaleza desde 1999.

Fonte: Jornal O Povo

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