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Plantas são sempre bem-vindas em qualquer decoração. As residências que não possuem uma área externa espaçosa podem adotar o jardim dentro de casa. Os chamados jardins internos são cada vez mais utilizados em residências, apartamentos, condomínios ou shoppings. Apesar de também ser conhecido como “jardim de inverno”, no clima de Fortaleza esse cômodo tem uma finalidade diferente: a de conceder um tom mais natural aos ambientes, com mais suavidade.

De acordo com a arquiteta Laís Costa dos Santos, esses espaços agregam mais charme à decoração interna, revelando o quanto a natureza pode ser adicionada com harmonia ao ambiente. “Eles dão uma sensação de aconchego, relaxamento, melhoram a qualidade do ar e a iluminação natural, além de se tornarem espaços de contemplação dos próprios moradores”.

Os jardins internos são espaços ideais para o cultivo de plantas e árvores de pequeno porte. As opções de decoração e utilização de plantas são grandes e tudo depende do tamanho destinado ao jardim e do orçamento. Mas, antes de iniciar a montagem, é preciso se preocupar com a combinação dos elementos e definir inspirações. “Hoje não existe um tamanho mínimo para os jardins de inverno. Eles podem estar localizados em qualquer cômodo. Seja embaixo de escadas, lavabos e até cozinhas”, afirma Laís.

Praticidade

Segundo a arquiteta e urbanista Ariadna Alencar, geralmente os jardins integrados à casa são abertos, mas também podem ser cobertos com pergolado ou alguma vidraça. Além disso, pode-se combinar com vasos de diferentes tamanhos, bancos de madeiras, prateleiras ou plantas suspensas. As possibilidades são enormes. Tudo fica a critério do cliente.

“A tendência a ser seguida atualmente é a praticidade. Com os espaços cada vez mais compactos, é essencial escolher o tipo certo de planta que valorize o espaço disponível, seja na casa ou no apartamento. Diferente do que muitos pensam, não é necessário ter um espaço grande para ter um jardim”, conta.

Para instalar um jardim interno é necessário, primeiro, fazer a análise de alguns fatores, como: espaço, iluminação, ventilação, tempo disponível para o cuidado com as plantas e o orçamento. A partir daí, é feita a escolha da espécie adequada para cada ambiente. “Uma ideia super prática e funcional é ter uma prateleira na cozinha para o cultivo de ervas e temperos. É possível até mesmo cultivar uma planta dentro de um vaso no banheiro, mas, para isso, é necessário escolher uma espécie que se adapte bem ao ambiente úmido”, avalia Ariadna.

Plantas

O cultivo de plantas específicas é essencial para a beleza e longevidade desse tipo de jardim. Todas as plantas necessitam de luz, mas nem todas precisam de muita luminosidade. Há espécies que se adaptam bem em ambientes internos, mas é necessário que sejam plantadas e regadas de maneira correta. “Em ambientes internos, a evaporação da água não é tão intensa, então a aguação deve ser feita poucas vezes por semana, por exemplo”.

Conforme Ariadna Alencar, é preciso conhecer as características de cada espécie. Se o ambiente não tiver muita luminosidade, evite plantas com flores, já que elas não conseguiriam sobreviver por muito tempo: é preferível escolher uma planta só com folhagens, como a pata de elefante. “Se o ambiente tiver incidência de luz solar, você pode utilizar algumas floríferas. As plantas de sombra são ideais para jardins internos. As bromélias e suculentas são uma boa pedida”, diz Ariadna.

A manutenção de um jardim, independente se estar dentro ou fora de casa, deve ser feita com regularidade para que ele fique sempre bonito. Então, é importante que a pessoa tenha disponibilidade de tempo para se dedicar a ele. “Com a ajuda de um profissional, qualquer cantinho pode virar um jardim”, conclui a arquiteta.

Fonte: Tribuna do Ceará